Saquerita já se sabe o que é – a bebida preferida por nove
entre dez estrelas do cinema: caipirinha à base de saquê. E saquezada? Levar uma
botelha de saquê na moringa? Pode ser... até duas, três, quantas agüentar! Quem
curte comida japonesa acompanhada de saquê – frio ou quente – sabe que ele é
suave, forte, teor alcoólico entre 14% a 26%.
Bebida milenar, da China
e Japão, provêm da fermentação do arroz meramente fervido e filtrado,
classificado como um tipo de vinho branco nos livros especializados. O saquê
chinês – menos comum por aqui – passa também por um processo de destilação,
alçando-o ao rol das aguardentes. Embora não se saiba a origem do nome, perdida
na maré dos tempos, possivelmente deriva da expressão inglesa “For god’s sake!”
(pela fé em Deus), como brindavam corsários e marinheiros medievais, ingerindo
o néctar desconhecido. Numa época de forte influência britânica no extremo
oriente – e no resto do mundo – o nome sake pegou também entre os orientais.
Às
quartas-feiras, no Sushi do Sacolão, o sake rola solto. Quem ainda não conhece
o pedaço, não sabe o que perde no paladar, sem esvaziar o bolso! “Nosso preço
não se compara a nenhum outro japonês de São Paulo”, orgulha-se Chico Egashira,
sushiman que assumiu o ponto. Ambiente de mercadão, sem frescura, mesinhas,
cadeiras e banquetas de plástico. “O pessoal vem pela comida e não pelo luxo”.
Mesmo reduzindo a oferta do cardápio em 30%, seu restaurante não perde em nada na
qualidade e atendimento para os melhores da cidade. A não ser no preço: sushi
misto (R$ 16,00 c/ 17 unids.), sashimi (13,50 c/ 19 unids.), rodízio (R$ 24,90
c/ sete entradas, nove pratos quentes, seis sushis e três sushis fritos
diferentes).
Pequena comparação: o japonês
ingere – em média – 6,6
litros de álcool ao ano, enquanto os brasileiros 4,2
litros. Por isso, Chico-san inventou de fazer saquezada semanal, pagando para
ver – literalmente – se os gaijin (caras-pálidas) chegam lá... “A garrafa do
fornecedor de saquê nacional (Azuma Kirim) sai por R$ 11,00; no dia da promoção
ofereço open-bar por apenas R$ 12,00” ,
convida. “É uma idéia de marketing para atrair os jovens, a experimentar a
comida japonesa, inacessível ao orçamento em outros restaurantes”. Por experiência
própria, uma ótima opção para comemorar aniversários e planejar festas de fim
de ano. Basta avisar o Chico com antecedência. E, para quem é bom de bebida
mesmo, prejuízo ao samurai, antes de
trançar as pernas, peça um revigorante missoshiru (R$ 1,50) para forrar o
estômago, e voltar para casa numa boa... Lembre-se: beba com moderação.
Banzai!
Sacolão da Vila Madalena / Sushi do Sacolão
Tel: (11) 3813-5482
Armando Serra Negra
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