quinta-feira, 16 de junho de 2016

The Orleans Bar





Não é necessário ir às margens do Mississipi para navegar no melhor jazz. Pois no The Orleans Restaurante e Bar – que está para completar um ano de sucesso – o ritmo deságua aos borbotões a partir das 22h30. Quando o público já está animado pelos pads maneiros da DJ Ana John (DC, 23/06/11), sacando da mochila um mix de mil CDs ao gosto da galera. Atracando entre o micro All Jazz e o macro Bourbon Street, as duas melhores casas de jazz de São Paulo, o The Orleans aportou tranqüilo com sua nova proposta. “Temos um espaço de médio porte, mas grande o suficiente para trazer músicos de renome internacional”, diz Ricardo Santini, um dos proprietários. Shirley King, neta do legendário B.B. King já deu sua nota, e o bis quem dá é Tia Carroll, estrela do Festival de Jazz de Paraty, em 2010, ainda este mês (confira a programação).


Priorizando a vista do palco – há pouquíssimas “zonas escuras” para a lotação de 250 clientes sentados – o projeto arquitetônico, de tendência clean, imprimiu elegância e arrojo ao estabelecimento. Logo à entrada, um pôster de guitarras exóticas e variadas indica a vocação musical do The Orleans. Um salão em L, à esquerda o balcão do bar, ao fundo o palco, com boa elevação, a parede de pé direito triplo de tijolinho serve de tela para projeções de vídeo. O nome da casa centrado, como no bumbo de uma bateria. De um mezanino intermediário, vendo-se o palco de lado, uma Harley Davidson aponta a via para o fumódromo: portas-estanque de vidro dão para um pequeno terraço com ombrelones. Mais um mezanino, bem maior, vê-se o palco de frente. O verde esmaecido das paredes, quase musgo, é pano de fundo para grandes fotos dos mestres do jazz, blues e soul, pop stars, e de outras guitarras criativamente emolduradas por frisos clássicos de madeira dourada entalhada, uma exclamação surpreendente do antigo e moderno. Bateria completa afixada ao alto, sobre fundo bordô, para quebrar o tom, marca compasso sobre a platéia.


Aposta certeira foi a jovem chef de cuisine Ariana Costa (já passou pelo grupo Fasano, Bistrô São Paulo e Fidel) totalmente dedicada ao métier: frango à Louisiana (tiras empanadas em farofa crocante c/ molho picante R$ 32), coxinha à la créme (c/ catupiry R$ 26, c/ seis unids.), enroladinhos de cogumelos (shimegi e Paris, em fatias finas de beringela e abobrinha, R$ 24). “Os espetinhos de filé (R$ 32) e a porção de pastéis (R$ 24) são demais!”, sugere a diretora artística da casa, Ana Paula Freitas. Cardápio completo e variado, convida a um bom jantar:  “Reunimos a alta gastronomia com a boa música, a preços acessíveis”, acerta em cheio Santini. Clube do Uísque (garrafa): Red Label R$ 120, Black Label (R$ 180), Bucchanan’s (R$ 180). Cerveja Norteña (R$ 18), Quilmes e Bohemia (R$ 6), sucos (R$ 7). Coquetéis corretos. Nomes conhecidos do gênero, como Tony Gordon (filho de Denise Duran e Dave Gordon), Derico Sciotti (assessor para assuntos aleatórios do Jô Soares) e a banda Oito do Bem (mescla jazz com Bee Gees, James Brown, e etc. com excência) vira e mexe dão as caras (couvert artístico R$ 15). Mas agora vamos ficar quietos: o mestre Celso Pixinga – tido por muitos como o melhor baixista brasileiro – vai botar para quebrar!


 


The Orleans Restaurante e Bar
Rua Girassol 398 Vila Madalena
Tel: (11) 3031-1780
www.theorleans.com.br


Armando Serra Negra


 







 

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