Um namoro que dá certo: literatura e happy hour. Outro casal bem humorado é o acesso grátis à internet e um bom cafezinho. Tudo misturado, um par perfeito. Enfocando essa tendência mundial (em Sampa, oferecem o serviço o sofisticado Suplicy e o simpático Millor, entre outros), foi que dois Sérgios, o Freire – experiente em franchise de cafeterias e alimentação – e o Milano – um dos sócios da Editora Nobel – se uniram para incrementar ainda mais esse romance etílico-literário, de café e negócios. Celebrado o casamento, as duas franquias autônomas criaram um web-point, destacando o Vanilla Café. “Somos master e estamos abertos aos interessados”, acena o primeiro Sérgio.
Varandinha com teto retrátil à direita de quem entra (área reservada para fumantes), a equipe descontraída de garçons e garçonetes, avental cáqui, bandanas verde-escuras com orquídeas brancas estampadas, convidam ao relax. “Muitos não sabem que a vanilla – a nossa baunilha – é uma orquidácea”, comenta Freire, apontando para duas gravuras côr de rosa, que entre as plantas compõe o agradável e sossegado ambiente.
Aberto há pouco mais de um mês, o Vanilla vem atraindo a clientela. Entre a varanda e o transado balcão do bar, com cadeirões, vitrina de doces e salgados, três telas planas de micro sobressaem. “Elas estão aí para serem usadas... mesmo que alguém peça apenas um expresso (R$ 2), pode acessá-las o tempo que quiser”. Melhor: o serviço é gratuito. Checando e enviando e-mails, de costas para a grande livraria onde se encontra de tudo: jornais, revistas, livres de poche, best-sellers, arte, hobbies, infanto-juvenis, material de escritório, papelaria, DVDs. Papeando tranqüilamente, bebericando, é a pedida certa para não micar trabalhando em casa, mas num lugar acolhedor, pessoas simpáticas ao redor. Como a livraria e o café são parceiras independentes, uma chama o público para a outra, o segredo da nova concepção mercadológica: “Enquanto o tíquete (consumo per capita) médio da livraria é de vinte reais, o do café é de seis reais, com lucro para ambas as empresas”, contabiliza Freire. Entre lojas próprias e terceirizadas, a Editora Nobel, em 60 anos de atividade tem 130 pontos de distribuição no Brasil, 30 em São Paulo , vendendo uma média de 260 mil livros por mês. “A meta é que cada uma delas venha aparelhada com um Vanilla Café, na medida em que suas áreas permitam”.
Os casamentos não terminam aí. No caso da Vanilla/Nobel da Oscar Freire, há uma sutil paquera com a loja ao lado, a Davidoff, separadas apenas por uma cerca viva. Enquanto uma não vende charutos (Davidoff Bundle Robusto R$ 12, Avo Intrmezzo R$ 32, Spedial R R$ 55) a outra não é estruturada para oferecer empanadas (R$ 3,60), empadas (R$ 4,80), quiches (R$ 6), docinhos (R$ 3), para seus clientes. O resultado é uma útil troca de afagos.
A casa oferece o Orpheu, a marca mais premiada da britânica Brazilian Special Coffees Association (BSCA), que emite certificados de qualidade para os cafés de exportação. Cerveja Baden Baden: pilsen (R$ 11), golden red e ale (R$ 12), weiss (R$ 20); uísque Red Label (R$ 9,90), Black (R$ 15,90). Tecle!
Vanilla Café
Alameda Lorena 1835 Jardins
Tel: (11) 3081-4031
Suplicy
Alameda Lorena 1430 Jardins
Tel: (11) 3061-0195
Millor
Rua Jericó 89 Vila Madalena (em frente ao Fórum de Pinheiros)
Tel: (11) 3813-0224 (encerrou as atividades)
Armando Serra Negra
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