terça-feira, 5 de julho de 2016

Drinques Para Qualquer Carnaval





Selma Hayek

Ei você aí... Preparado para as baladas do carnaval? Sandro de Gasperis, barman que já passou pelo Espaço Urbano, Love.e Club, Ultra Lounge, Charles Edward e All Black - eleito o melhor pub da cidade pela Veja - dá algumas dicas de um excitante happy hour para quem vai entrar com tudo na folia. Ou ficar em casa.
Atrás do balcão, Sandro também é um historiador experimentado dos coquetéis que prepara, revelando surpresas que envolvem os drinques mais tradicionais e mais modernos, satisfazendo o gosto e a curiosidade de seus clientes, de qualquer idade. Afinal, um(a) senhor(a) não muito eclético(a), conservador(a) e acostumado(a) a Dry Martinis, jamais se lançaria a provar um Sex On The Beach, por mais sugestivo o nome... E que mal há nisso?!
Assim, Sandro escalou bebidas para hoje, os fins de tarde dos quatro dias do alegre e fugaz reinado de Momo, e outra para aliviar a ressaca e recompor as forças na quarta-feira:


04/02 - Margarita: Nada melhor do que preparar-se para o carnaval uma boa margarita. Esse famoso coquetel caribenho popularizou-se nas festas de um embaixador dos EUA no México. Margarita, sua esposa mexicana, acrescentava à tequila – bebida nacional – licores e sucos. O nome pegou e o drinque também. Receita: taça de coquetel com a borda levemente mergulhada em sal; gelo, tequila e licor à base de laranja (Cointreau, Triple-Sec, Grand Marnier, etc...), batido na coqueteleira.    


 



05/02 - Tequila Sunrise: reza a lenda que Mick Jagger, o vocalista dos Rolling Stones estava com problemas de saúde, proíbido pelo médico de ingerir bebidas alcoólicas. Mas, numa turnê pelo Caribe, lugar bem mais ensolarado do que seu país de origem, não agüentou o fervilhante sangue latino (Luciana Gimenes que o diga!) e partiu para a folia. Mas, para disfarçar, pedia suco de laranja com muito gelo em copo alto, completando-o, escondido, com uma dose de tequila. Mostrava para a mídia abstinência, que não desconfiava do batismo etílico. Ele também punha algumas gotas de Grenadine, para dar um toque de “nascer do sol” ao drinque; daí, Tequila Sunrise! (receita em itálicas).
 

 06/02 - Gin Gramble: 1 dose e ½ de gin, 1 dose de cassis, ½ limão espremido e 6 framboesas frescas. O segredo do drinque é espremer pelo avesso a casca do limão, queimando com a chama de um isqueiro o líquido expelido. O charme é ver a chama se propagar... Servir em copo old fashion.



07/02 -  Kir ou Kir Royal: O drinque leva o nome de um cônego da idade média – Kir – que viu sua safra de vinho estragar-se, tornando o produto impróprio para consumo em estado puro. Não querendo perder a produção, acrescentou alguns licores ao líquido e ofereceu a convidados para ver o que acontecia. Saiu-se bem! Receita: taça flûte, 1 cereja, licor de cassis e vinho branco (Kir), ou champanha (Kir Royal).
 


O8/02 - Cuba Libre: Durante a revolução cubana, um soldado entrou num boteco e pediu 1 dose de rum com gelo e rodela de limão. Depois de tomar algumas doses, já meio alto e com sede, pediu uma coca-cola, derrubando o rum dentro. Os outros soldados que o observavam resolveram fazer o mesmo,  erguendo um brinde: “A Cuba!”.E ele emendou “A Cuba Libre!”. Nascia o drinque refrescante, preferido da era do rock’n roll...


 


Cinzas / Bloody Mary: Para curar a ressaca desse carnaval que passou, um suco de groselha com água, seguido de um revigorante bloody mary. O drinque foi criado nos EUA na década de 30, durante a Lei Seca. Como a vodka não tem cheiro, era acrescentada ao suco de tomate, para despistar o olfato dos policiais. Sua versão sem vodka – suco de tomate – passou a ser chamado comicamente de Virgin Mary. Receita: copo old fashion, gelo, vodka, suco de tomate, pitadas de pimenta do reino com algumas gotas de molho inglês... Me dá um dinheiro aí! 


 
Armando C. Serra Negra

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